História

Desde os tempos pré-históricos que o homem teve conhecimento que através da queima de algumas madeiras, resinas, e ervas havia libertação de aromas variados e agradáveis e, era com a utilização destes aromas que o Homem pré-histórico realizava os seus rituais religiosos e melhorava o odor dos seus alimentos. Os hebreus utilizaram também o perfume na vida quotidiana e no culto, deixando uma das suas fórmulas registada na Bíblia.
Anos mais tarde, foram os egípcios que adoptaram esta prática, queimando substâncias aromáticas distintas a diferentes horas do dia e utilizando os aromas resultantes no processo de mumificação dos mortos e no culto aos deuses. Esta civilização generalizou a utilização pessoal do perfume, servindo este como um importante critério no processo de definição da hierarquia social.
Posteriormente, foi a civilização Grega quem aperfeiçoou as técnicas egípcias, ao adicionar óleos perfumados com flores às especiarias, bálsamos e gomas. De facto, foi esta civilização que aplicou primeiramente a técnica de maceração, imergindo substâncias orgânicas, principalmente rosas, lírios e violetas, em óleos quentes.
Contudo, terão sido os Romanos os primeiros a produzir óleos para limpeza do corpo e para a realização de rituais de fertilidade, desenvolvendo várias consistências nas substâncias aromáticas, como pastas, óleos, incensos e colónias. Este povo destacou-se por ter contribuído para a evolução da prática de confecção de perfumes. Técnicas como a maceração e a enfleurage (saturação de uma gordura através de pétalas perfumadas) foram desenvolvidas e melhoradas.
É nas Arábias que ocorre no entanto, um dos acontecimentos mais importantes na história do perfume: a invenção do método de destilação, que consiste no processo de destilar o óleo das pétalas de rosas. A esta essência, diluída em água, dá-se o nome de “Água de rosas”. Todo o processo de desenvolvimento desta nova técnica deve-se à invenção de instrumentos como o alambique e a serpentina e mais tarde o uso do álcool como base de todos os perfumes.
No Renascimento é vulgarizado de novo a utilização do perfume, que começa a ter um grande consumo, uma vez que os hábitos de higiene ficam cada vez mais descuidados, e o perfume serve então para disfarçar os maus odores. Este produto estava apenas disponível para o que pertenciam à nobreza, sendo que só reis, rainhas e altos funcionários eram permitidos a utilizar.
Hoje em dia, com o desenvolvimento da indústria química, é possível a produção artificial de todo o tipo de fragrâncias (mais de 30mil fragrâncias circulam por todo o Mundo), tornando o perfume um acessório indispensável para o homem e para a mulher. Estando este mais acessível a qualquer pessoa, é uma das prendas mais oferecidas em todo o Mundo. O perfume torna-se então um acessório muito importante, utilizado como um símbolo de bom gosto, auto-estima e sociabilidade.